Em todos os cantos do Brasil, mais especialmente nas pequenas cidades espalhadas por todo o país, sempre as brincadeiras ao ar livre ganham maior destaque. Onde não existe menino ou menina. Todos jogam futebol,pega-pega, esconde-esconde, entre outras brincadeiras tradicionais, que nasceram há muito tempo, e ainda hoje, têm espaço garantido na infância da maioria das crianças do interior brasileiro. As brincadeiras já consagradas continuam, mas no período olímpico, outras atividades ganham as ruas. Caminhando de volta para casa, vi várias crianças praticando outros esportes além dos já conhecidos. Era judô, boxe, handebol, vôlei e acreditam, até mesmo salto em altura.
Alguém algum dia inventou o tal do “espírito olímpico”. Dizem que este se refere à capacidade do atleta em nunca desistir, superar todas as barreiras. Mas acredito que esse espirito não para por aí. A amplitude que a transmissão televisiva alcança, em todo mundo, é estimada em bilhares de pessoas. E é através dela, e para muitos, só por ela, que várias crianças conhecem outros esportes, além daqueles já tradicionalmente conhecidos.
O monopólio da comunicação não deveria ser desse jeito. Assim como no ciberespaço, onde vários sites reproduzem notícias, fotos, gráficos, as emissoras de televisão não deveriam brigar pela audiência, mas sim unir-se em favor dos brasileiros. Claro que do jeito que anda a concorrência, onde vale tudo, quanto mais “produtos” para serem vendidos, consequentemente, mais telespectadores poderiam ser atraídos, e assim, conhecer mais os mais variados esportes existentes. Enquanto um canal transmite um determinado esporte, outro canal transmite outra atividade esportiva. Claro que em tudo deve haver hierarquia, o canal com mais poder aquisitivo poderia escolher o esporte que deseja transmitir, enquanto os outros poderiam escolher qualquer outro esporte.
Com a maior divulgação, muitas jovens crianças tomariam conhecimento dos mais variados esporte. Muitos crescem achando que esporte é futebol, vôlei e nada mais. De repente handebol e “corrida”. Mas não passa disso. Acho que o espírito olímpico é mais do que nunca desistir. É incentivar. Conhecer. Torcer. Fazer acontecer.
Sou brasileiro. Não me contento com apenas duas medalhas de ouro. Falta investimento. Talento que sabe. Mas falta vontade, simplicidade, capacidade. Falta muito. Mas o começo é incentivar as crianças. Fazerem elas conheceram suas melhores aptidões. Um vencedor não nasce sabendo de tudo. Um campeão olímpico não se faz num período de quatro anos. Uma potencia mundial no esporte começa pela educação. Pelo ensino do esporte nas escolas. Com incentivo do governo. Com vontade de fazer mais e melhor.
Como já dizem: o sucesso do trabalho depende do talento. Mas não só dele. O suor, o trabalho duro corresponde 90%, já o talento, apenas 10%.